ANTONIETA NA BERLINDA
O Tribunal Superior Eleitoral – TSE
julga, nas próximas sessões, ação contra a prefeita de Guarujá Maria Antonieta
e seu vice Duino Verri Fernandes, com relatório do ministro Henrique Neves
favorável à cassação dos registros das candidaturas e consequente afastamento
dos cargos no Poder Executivo.
A ação foi promovida pelos advogados
do ex-prefeito Farid Madi, segundo colocado nas eleições do ano passado para o
cargo de prefeito de Guarujá, alegando “pagamento de publicidade institucional
a veículos de comunicação, em período vedado pela legislação eleitoral”.
“SÓ PAGOU O QUE DEVIA”
Na defesa, Antonieta alega que não
gastou mais do que a lei determina, apenas fez os pagamentos de débitos
anteriores por ela contratados.
NO TRE VALEU
Os argumentos da prefeita
prevaleceram no Tribunal Regional Eleitoral – TRE ainda durante sua campanha à
reeleição, após verdadeira reviravolta no julgamento.
MAS EM BRASÍLIA...
A coisa ‘pegou’ tanto para o
Ministério Público Eleitoral, quanto para o ministro do TSE Henrique Neves que
considerou irregular o pagamento em período vedado, mesmo não havendo excesso
na despesa.
ASSUMIRIA O VICE?
O vice-prefeito Duino Verri Fenandes
seria o sucessor natural, caso venha a provar que nada tinha a ver com estes
pagamentos, mas ele também foi incluído no processo. Cabe recurso?
FARID, SEGUNDO COLOCADO
Aí a coisa começa a pegar: o segundo
colocado nas eleições foi o ex-prefeito Farid Madi, aparentemente confortável
em decisão que casse Antonieta e Duino. Mas tem um porém: teve contas
reprovadas pela Câmara, do período em que exerceu o cargo de chefe do Poder
Executivo. Correligionários de Farid Madi alegam que nada tem a ver um fato com
outro e que à época ele não estava com direitos políticos suspensos por conta
das contas mal explicadas.
E SOBRA PRA QUEM?
Se Antonieta não continua, Duino não
assume, Farid não pode, quem seria, então, o prefeito de Guarujá até que novas
eleições sejam convocadas? O presidente da Câmara, Marcelo Squassoni que deve
estar torcendo – e muito, para que tudo isto se concretize. Mas até lá, além da
água que vai passar por debaixo da ponte, haja recursos e mais recursos que
podem chegar, até, ao Supremo Tribunal de Federal. Quem viver, verá!