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sábado, 6 de abril de 2013

ARTIGO

1 comentários
Já invadimos sua praia... há décadas
(Roberto Sassi)

O loteamento aprovado há décadas, na praia do Pernambuco previa que a faixa inicial de 25 metros de frente para aquele mar maravilhoso seria destinada a uma avenida. Nada disso aconteceu, muito ao contrário. Aquela área privilegiada e mais valorizada do que ouro em barras, com mar, areia e sol penetrando nas inúmeras mansões ali construídas se transformou em belos e bem cuidados jardins, piscinas e outros equipamentos de lazer para os privilegiados proprietários das mesmas mansões.
Embates na justiça não faltaram, chegando até Brasília, isto também há algumas décadas, sem resultado final, a não ser a manutenção irregular e ilegal da faixa fronteira às casas de veraneio destes mesmos privilegiados que compraram um terreno e ganharam um verdadeiro ‘baú da felicidade’. Nada a ver com as ‘benesses legais’ concedidas ao megaempresário Silvio Santos que teve o saudoso Hotel Jequitimar transformado em colossal empreendimento hoteleiro, também de frente ao mar. Casados estavam alguns interesses em relação ao Mar Casado, uma das joias da natureza da Ilha de Santo Amaro. Casado com quem?
Agora, décadas após, o serviço, secretaria ou coisa que o valha, da União, vêm com nova solução mirabolante ou milagrosa (ainda bem que Don Domenico Rangoni morreu antes de assistir a mais este desvio das recomendações dos Céus). Querem que a faixa de 25 metros fronteira, ocupada ilegalmente seja transformada em avenida, quiosques, área de lazer. Rir desta pretensão é pouco, mesmo reconhecendo que o projeto seja lindo.
Não houve e não haverá decisão no Poder Judiciário brasileiro, nem da Coréia do Norte, Venezuela, Bolívia ou Cuba que dê jeito nesta ocupação ilegal. A não ser que os mentores desta proposta vivam por mais um século – dois, talvez – para assistirem ao resultado positivo, ou negativo. O Sertão deve virar Mar se assim acontecer. Aí, os privilegiados ocupantes de área da União – em frente ao mar da praia do Pernambuco mudarão suas mansões para as áreas de seca de nosso maravilhoso Nordeste do Brasil.
Além do cônego Domenico – que construiu a mais volumosa e importante obra social de Guarujá e Vicente de Carvalho, o "Pernambuco", que dá nome àquela praia e bairro de Guarujá devem estar pensando, em seu descanso: “É melhor convocar Santo Amaro, o padroeiro da Cidade e pedir, ainda, auxílio urgente de Nossa Senhora”.
Finalizando: como os ocupantes ilegais de lá não sairão, que tal propor uma compensação?Quanto vale aquele avanço de 25 metros da frente de cada mansão?  Não sei! Milhões, certamente, que poderiam ser trocados por equipamentos sociais tipo escolas, creches, postos de saúde que fazem tanta falta à nossa população. O resto é tempo perdido nos tribunais e espaço nos meios de comunicação.     
     

One Response so far.

  1. Uma perguntinha e essa avenida ligaria o que para onde? Pelo que eu conheço do lugar se fizessem uma avenida seria só para colocar quiosques, bancas de sorvete, cobertura para mendigos e marginais e para deixar o lixo sem recolher como ocorre com muitas ruas no bairro.Não sou a favor do privilégio desses proprietários, mas se for para piorar, melhor deixar como está...Quanto a compensação, quem tem uma mansão daquelas,de frente para o mar, pode não estar interessado nessa área que já valeu muito mais. Existem muitas perguntas que só respondidas poderão levar a uma conclusão. Guarujá está como merda. Quanto mais mexe, mais fede.

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