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sábado, 1 de março de 2014

ARTIGO

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Sim, hoje teve arrastão...
A imagem do arrastão na praia de Pitangueiras, no último fim de semana, percorre o mundo graças ao avanço da tecnologia, à Internet e suas redes sociais. Entretanto, na cidade ainda há quem duvide da ocorrência, como se a realidade só pudesse ser factível quando se espelha à nossa frente ou diante de nossos filhos. Os responsáveis pela segurança pública insistem em negar que a criminalidade e a violência estejam fora de controle, mas sua percepção ou certeza sobre as próprias opiniões já não é o mesma de ontem.
Há 20 anos, dizia-se que Guarujá poderia se transformar em um pequeno Rio de Janeiro, já que o mal crescia na proporção da capital carioca. Enfim, a profecia se concretiza dura e cruel, pois a quem cabia alguma providência o ceticismo se encarregou de vedar os olhos e a mente.
Idéias inteligentes foram lançadas ao longo desses mesmos anos, mas a prerrogativa de agir é cercada de certo monopólio por parte de quem detém o poder para tanto. E, enquanto isso, os meninos e as meninas de mais uma geração perdida cresceram e bateram com a cara na porta quando foram procurar emprego e renda.
Qualificar a mão de obra e facilitar seu acesso ao emprego formal é o que pode salvar a geração seguinte de um novo desastre, dentro de mais alguns anos. Outras providências também precisam ser adotadas, como uma maior eficiência nos serviços públicos e uma condição sanitária compatível com o século em que vivemos.
Para que isso ocorra em ampla escala, como gigantes são nossas deficiências, é preciso atitude e discernimento, virtudes raras para uma classe política pouco afeita ao diálogo e à união de interesses. Se não quisermos conviver, no futuro breve, com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em nossos bairros, precisamos de educação e de pressa, pois hoje teve arrastão e amanhã não se sabe o que teremos.

Valdir Dias
Jornalista

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