CRONICA DO ASSALTO NÃO ANUNCIADO
por Amauri Alonso Ielo
Não se trata, leitor,
daqueles diuturnamente verificados perto do Túnel ou ao lado do Atacadão e não
distante da sede da Prefeitura, anunciados há muito tempo! Tanto assim que,
quando na rodovia Dom Domênico Rangoni, conseguimos ultrapassar o engavetamento
da rua do Adubo, vem o medo: “qual das duas únicas entradas é menos perigosa?”
Assaltos perto do Túnel e do Atacadão são constantes. Nunca as
autoridades, municipais, estaduais e federais (e eclesiásticas em honra ao
patrono da rodovia) adotaram providências eficazes para evitá-los. Pelo
contrário: colocam radares para diminuição da velocidade e, assim, facilitar a
ação dos assaltantes...
Aliás, quando há algum tempo, vi serem instaladas câmeras
perto do Túnel, fiquei todo animado: “Oba! Vão monitorar os assaltos e
prenderem os bandidos!”. Santa ingenuidade! A câmera era para a Prefeitura
também participar da investida ao bolso dos contribuintes. A esperança que me
acompanha sempre, desde que a Prefeita Antonieta tomou posse, certamente, nunca
deixará de ser frustrada. Nos anseios de termos competência e honestidade na
Prefeitura do Guarujá, a esperança será eternamente a última a morrer. Antes dela,
seremos nós os defuntos.
Não se cuida, também, dos diuturnos assaltos que a Prefeitura
pratica no início da rua Desembargador Plinio de Carvalho Pinto em detrimento
de incautos motoristas. Alí funciona um radar, escondido e limitando a
velocidade a 40 KM/h, sem adequada sinalização. Nada há que justifique a restrição.
Bastaria o que é estabelecido no Código de Trânsito. Mas, a volúpia de arrecadar redunda em outra perspicaz investida
no bolso do contribuinte.
Vaticino aqui assaltos que ocorrerão em 2014. Na praia da
Enseada. A história começa com as dúvidas do “di-menor” assaltante: “Tio, como
se diz em suíço, isto é um assalto, passa o dinheiro ou morre?”. “Por quê quer
saber?”. “Falaram que na Copa do Mundo a seleção da Suiça vai ficar no Casa
Grande.” “Eu não sei, pergunta para um professor.”
A vida de assaltante não é mole. Precisa planejar. “Professor
como se diz em suíço....” “Chega. Não existe o idioma suíço. Na suíça eles
falam três línguas diferentes: alemão, francês e italiano, depende do cantão..”
“Complicou, vou encostar o ferro e esfregar os dedos!!”
A história pode terminar em tragédia, porque,
provavelmente, na suíça a movimentação do dedo polegar em cima do indicador não
anuncia absolutamente nada!