Além do Corpo de Bombeiros, equipes da Marinha e do Exército fazem os
trabalhos de busca, desde a manhã desta segunda-feira, aos três pescadores
desaparecidos no mar de Guarujá. Se não bastasse a mobilização das autoridades,
amigos das famílias, proprietários de embarcações de recreio, também auxiliam
nos trabalhos para tentar localizá-los. Pelo menos 12 grupos fazem a varredura.
"Estamos focados no resgate e trabalhamos com todas as hipóteses,
inclusive a de eles ainda não terem naufragado", explica o tenente do
GBmar Ronnie Mesquista, que coordena os trabalhos. As buscas por parte dos
Bombeiros acontecem com dois botes, com o navio Governador Fleury, com
uma lancha e com o helicótero Águia 5, que sobrevoa toda a região de
Itanhaém (Litoral Sul) à Barra do Una (Litoral Norte).
No final da manhã, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), da Marinha do
Brasil, colocou uma equipe, em uma lancha, no mar. Em seguida, surgiu a informação
de que soldados da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, localizada na Praia do
Guaiúba, em Guarujá, foram mobilizados para fazer uma varredura na mata que
fica entre a Ilha das Palmas e as redondezas do quartel, pertencente ao
Exército Brasileiro.
Ainda de acordo com o tenente Mesquita, as buscas foram iniciadas ainda na
noite de sábado e intensificadas no domingo. "A ocorrência chegou para a
gente às 20 horas (do sábado) e só fomos parar na madrugada. Não sabemos se
estão em alto mar ou na costa, mas as buscas foram ampliadas e vamos
achá-los". O tempo aberto e as boas condições marítimas facilitam os
trabalhos em toda a Baixada Santista nesta segunda-feira.
Somando-se às seis equipes dos Bombeiros, da Marinha e do Exército, outros seis
barcos, pertencentes a amigos dos desaparecidos, estão percorrendo toda a área
onde os rapazes costumam pescar. De forma autônoma, eles ajudam nos trabalhos. A
Tribuna On-line apurou ainda que na Frequência 21, linha de emergência de
rádio, há avisos constantes sobre o desaparecimento dos três pescadores.
Família
Os três são amigos e velhos conhecidos do mar. Robson Sanches, de 29 anos,
Petterson Fernando, de 25, e Bruno Oliveira, de 26 anos, saíram para pescar no
último sábado. Eles trabalham em um estaleiro, em Guarujá, e nas horas vagas,
segundo familiares, aproveitam para pôr em prática uma grande paixão: a
pescaria.
"Achamos que a rede de pesca pode ter virado o barco, mas eles sabiam o
que estavam fazendo", comenta o cunhado de Robson, Rogério Benvindo. Segundo
ele, era comum que o trio saísse nos finais de semana de folga para pescar nas
cidades da região. "Temos a certeza de que eles não foram para Praia
Grande. Desta vez, ficariam em Guarujá". O pescador é casado e tem um
filho de 7 anos.
A esposa de Peterson, Regiane dos Santos, conta que conseguiu contato com o
marido no final da tarde de sábado. "Eram 17 horas quando consegui falar
com ele. A ligação estava ruim, mas o Bruno me contou que já estavam voltando
para Guarujá". Uma hora depois, ela fez várias outras tentativas, mas em
nenhuma obteve sucesso. De todos, ele é o único que é de Praia Grande.
Já o irmão do Bruno, Yago dos Santos, acredita no naufrágio do pequeno barco de
alumínio que levava dos três amigos. "Eles sabiam nadar. Talvez tenham sofrido
um acidente e ido em direção à mata próximo ao batalhão do Exército",
disse. Ele se refere à 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, localizada no
Guaiúba, em Guarujá. Uma
equipe de soldados se juntou às buscas. Bruno tem um filho de 4 anos.