Nesta última semana, observamos a grande onda de protestos e manifestações acontecendo na maior parte de nosso país. Observamos e esquecemos por certo tempo, o jogo político por trás destes fatos.
Se parássemos para analisar, veríamos que vários políticos utilizaram o protesto
como método de mascarar seus jogos políticos. Evidenciando isso, mostramos uma
situação preocupante, capaz de transformar ideais sociológicos, voltando a
estaca zero da concepção de sociedade. Digo isso, pois podemos perceber o
retrocesso psicossocial promovido pelo projeto de cura gay. Como curar um
estado de espírito? Impossível. A cura gay não existe, pois ser feliz não é uma
doença.
Diante deste fato, vimos que o senhor presidente da comissão de direitos
humanos e minorias está claramente deixando levar uma opinião própria e
religiosa para dentro da legislação brasileira. Isso nos mostra também a
tentativa falha de mascarar a votação deste projeto, utilizando o protesto para
isso.
Para quem não conhece, Marcos Feliciano é pastor. Não estou julgando sua
religião e muito menos seu posto de pastor. Julgo aqui o fato de ele tentar
implantar ideais de sua igreja na constituição. Outro exemplo da tentativa de
mascarar um projeto, neste caso uma proposta, foi a votação da PEC-37. Esta
proposta de emenda constitucional transforma o poder de investigação criminal
como exclusivo das polícias federal e civil, retirando esta atribuição do
Ministério Público.
O que isso prejudica? Simplesmente beneficia os criminosos, visto que apenas
11% das ocorrências sobre crimes comuns são convertidos em investigações
policiais e, no caso dos homicídios, somente 8% são apurados (dados do Conselho
Nacional de Justiça) e no Ministério Público, foram propostas 15 mil ações
penais entre 2010 e 2013. Para a sorte de nossa população, a votação foi adiada
para o dia 26 de junho e pelo motivo de falta de consenso entre as entidades
que reúnem integrantes das polícias e do Ministério Público.
É nossa obrigação, dever e direito de observar as ações dos órgãos do governo e
não deixar que projetos absurdos ou propostas cheias de entrelinhas sejam
aprovados. Devemos sair às ruas, mas com os olhos abertos para tudo, para que
não caminhem sobre nós. O que não concordamos, devemos debater. O que não
aceitamos, devemos protestar.
Francisco Sassi