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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Câmara de Guarujá

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POPULAÇÃO DE RUA E MENOR SÃO TEMAS DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

Tendo em vista o crescente número de moradores de rua, assim como de crianças e adolescentes em estado de abandono em nossa Cidade, a Câmara Municipal de Guarujá promove nesta quinta-feira (dia 13), a partir das 19 horas, uma audiência pública específica sobre os temas 'Morador de Rua' e 'Menor Abandonado'.

O objetivo, segundo o presidente da Casa e autor da iniciativa, Marcelo Squassoni (PRB), é reunir todos os órgãos e representantes da sociedade envolvidos na questão, a fim de buscar soluções conjuntas que possam aprimorar as políticas públicas voltadas a essa população. "É preciso empenho das autoridades em criar ações, planos, metas e, mais do que isso, provocar uma maior consciência da população para, juntos, encontrarmos uma solução para esse problema social. Daí a importância da participação de todos"

Além dos vereadores, o evento contará com a presença de representantes da Prefeitura (Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência social e Secretaria de Defesa Social); do Poder Judiciário (Vara da Infância e Juventude e OAB); da Fundação Casa; das polícias Civil e Militar; dos conselhos de segurança (Consegs) do Centro, Enseada e Vicente de Carvalho; e da Associação Comercial e Empresarial de Guarujá (Aceg).

OS MOTIVOS

Falta de dinheiro; desemprego; problemas psiquiátricos; vício em drogas; abandono familiar... As razões pelas quais uma pessoa escolhe a rua como seu endereço podem ser as mais diferentes possíveis. E isso não está condicionado a uma Cidade, Estado ou região específica do País. Seja em São Paulo, seja no Rio de Janeiro, em Santos, ou em São Vicente, o fato é que as vias públicas brasileiras, de forma geral, têm servido de abrigo para um número cada vez maior de pessoas. E em Guarujá não é diferente.

AS AÇÕES

Diariamente, nossa Cidade recebe em média cinco pessoas 'novas' - assim pode-se dizer - no Centro de Referência Especializado de Assistência Social para a População em Situação de Rua (mais conhecido como Creas Pop). Trata-se da porta de entrada para a população de rua em Guarujá. Eles se somam a outras 35 pessoas, que se utilizam diariamente do local, onde tomam café, almoçam, lavam suas roupas, tomam banho e são direcionadas a serviços municipais como o Albergue e Secretariade Saúde. Lá, eles ainda têm a oportunidade de obter documentos e recebem passagens para ir embora para seus locais de origem.

OS PERFIS

Boa parte, segundo a Prefeitura, vem de outros municípios e estados, em um processo de migração que obedece à mesma lógica da que rege o aumento populacional da cidade durante a temporada. Ou seja, além de ser destino de muitos turistas, Guarujá também é o destino de muitos desempregados, pedintes e de pessoas que sobrevivem de bicos.

Esse perfil é traçado a partir abordagens que são feitas periodicamente, com o apoio das polícias Militar e Civil; Guarda Civil Municipal (GCM), Divisão de Controle de Zoonoses, Desenvolvimento Social e Cidadania, assim como das empresas de transporte público e limpeza urbana do Município.

OS NÚMEROS

Nessas abordagens, os indivíduos são encaminhados à delegacia e pesquisados sobre seus antecedentes, de modo a indentificar seus históricos de vida e, assim, oferecer soluções que possam auxiliá-los da melhor forma. A última incursão do gênero ocorreu no último dia 28 de maio, quando foram recolidas 53 pessoas que permaneciam em ruas, praças e avenidas das regiões de Pitangueiras, Enseada, Santo Antonio, assim como nas imediações da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

Desses, mais que a metade (54%) possuía antecedentes criminais e era de fora do Município (52%). Havia um também que era procurado pela Justiça e foi encaminhado à cadeia pública do Município e mais dois homens que foram flagrados portando drogas e, por isso, assinaram termos circunstanciais por porte ilegal de entorpecente.

Embora identificados e encaminhados aos serviços de assistência presentes na Cidade, isso não tem sido o suficiente para eliminar, nem mesmo minimizar o problema, que cresce cada vez mais. Colabora para isso a piora da situação econômica da população local na última década.

AS DIFICULDADES

Para se ter ideia, no ano 2000, Guarujá tinha 450 pessoas vivendo com apenas R$ 37,75 por mês, o equivalente na época a 1/4 do salário mínimo (R$ 151,00). Esse contingente representava 0,17% da população, que era de 264.235 habitantes.

Dez anos depois, o total de moradores saltou para 290.607, num aumento de 11%. Já a população com renda de apenas 1/4 do salário mínimo cresceu muito mais.

Conforme o último censo do IBGE, em 2010 ao todo 6.912 pessoas recebiam R$ 127,50 por mês (1/4 de R$ 510,00), praticamente 2,3% dos guarujaenses. Isso representa um aumento de 1.400% em uma década.

Esses números apenas constatam a miséria aumentou, e não foi pouco. Tanto é que somos o município com mais beneficiários do Bolsa-Família na região. Ao todo, são 16.674 pessoas. Isso, sem contar, o número de inscritos no Cadastro Único, que chega a 34.021.

São famílias com renda per capita de até meio salário mínimo por mês, o equivalente hoje a R$ 339,00. E muitos atualmente vivem sem renda nenhuma.

AS CRIANÇAS

Quanto a questão dos menores abandonados, de igual forma é um caso grave, e de dimensão nacional, pois a falta de cuidados, a falta de informações e a pobreza, são os principais fatores para o crescimento do índice de atos infracionais (crimes) que também não para de crescer.

Cada vez mais estes índices aumentam e “mancham” a imagem de nossa cidade, pois se trata de um problema de dimensão nacional, que parece estar longe de ser resolvido, mesmo com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, aliado a os esforços das diversas esferas de governo Federal, Estadual e Municipal.

AS CONCLUSÕES

Isso mostra que é preciso muito empenho das autoridades em criar ações para informar e ensinar a população. E, além disso, mostrar o problema como ele é, assim como também é preciso provocar uma maior consciência da população, para encontrarmos uma solução para o abandono que se encontram nossas crianças e nossos adultos.





Assessoria de Imprensa

Câmara de Guarujá


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