Busque outras postagens!

domingo, 5 de maio de 2013

Viaduto é inaugurado, mas não deve acabar com os congestionamentos

0 comentários
Autoridades dizem que a obra ainda não resolve trânsito de caminhões.

 
A primeira fase da obra da avenida Perimetral em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi entregue e liberada para o trânsito de veículos na manhã deste domingo (5). O novo viaduto permite que os caminhões com destino ao Porto evitem o cruzamento com a linha férrea, diminuindo assim o congestionamento no local, que refletia também em vias urbanas da cidade de Guarujá. Ainda assim, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) diz que esta obra não representa o fim dos congestionamentos.

Na linha férrea que os caminhões tinham que atravessar anteriormente, a cada 24 horas, o trem cruza o trajeto dos veículos por cinco horas (somando todas as manobras ao longo do dia), o que gerava o aumento do congestionamento de carretas, que tinham que esperar para prosseguir viagem. O elevado fará com que as carretas acessem Vicente de Carvalho pela rua do Adubo, entrem na área da Docas passando por cima da linha ferroviária.

A via terá mão dupla, com início pela avenida Santos Dumont, onde estão os terminais portuários, e desembocará em uma rotatória que distribui os veículos às instalações marítimas. Cerca de 10 mil panfletos informativos foram distribuídos aos caminhoneiros e aos moradores na última semana, com o objetivo de auxiliar na locomoção nos primeiros dias do viaduto.
O problema do trânsito não será resolvido totalmente, já que os caminhões que saem da rua do Adubo ainda terão que cruzar a Santos Dumont para subir o viaduto. O presidente da Codesp Renato Barco acredita que o viaduto minimize em 20% o tempo de espera, mas que o problema ainda continua. “Não é o fim dos congestionamentos, nós não iríamos esperar que uma obra deste porte, uma obra de acesso ao Porto, fosse simplesmente ter essa solução imediata. Infelizmente, problemas com relação à acessibilidade vem acontecendo e, consequentemente, causando transtorno. O que está se  buscando fazer, entregando essas obras, é que essa segregação de tráfego seja consumada cada vez mais e que se consiga dar uma fluidez maior ao tráfego”, afirma o presidente da Codesp.

Para o diretor de infraestrutura da Codesp Paulino Vicente, a expectativa é que a situação melhore quando a segunda fase da obra seja concluída. "Temos hoje eliminado o conflito rodoferroviário 100% do tempo. São mais de cinco horas que a gente perdia nesta conexão. Isso vai dar um ganho muito grande para a parte portuária bem com para o município do Guarujá. Nessa fase foram investidos até agora R$ 50 milhões. Vai haver uma melhoria significativa nessa região, mas é lógico que o projeto como um todo só será completado na segunda fase. A Codesp lançou na sexta-feira o projeto executivo da segunda fase. É uma obra de R$ 300 milhões, 30 meses de prazo para ser executada", diz Paulino.

Ainda de acordo com o diretor de infraestrutura da Codesp, a conclusão da obra, prevista para daqui a 30 meses, encobre os problemas de tráfego em vias de Santos e Guarujá. "Essa obra é a obra que completa toda a infraestrutura com vários viadutos, acesso à rodovia Cônego Domênico Rangoni, acesso para o Guarujá-Centro. Total segregação do trânsito portuário, do trânsito municipal, enfim, completa todo projeto do Guarujá, da margem Guarujá com o Porto de Santos", afirma.
O trânsito também refletia na avenida Santos Dumont e atrapalhava a vida de muitos moradores, já que com a obra para construção do viaduto, vários desvios foram criados direcionando os veículos à via urbana de Guarujá. De acordo com o secretário de desenvolvimento portuário de Guarujá Adilson Luiz Jesus, o problema continua, mas alivia para a população da cidade. “A preocupação do município é com a questão urbana, questão de Vicente de Carvalho, com o sistema da avenida Santos Dumont e a parte interna da rua do Adubo. E essa expectativa de hoje liberar o viaduto, a gente acaba o conflito da travessia dos caminhões junto com a linha férrea. A expectativa é muito boa, a gente sabe que o problema ainda continua porque a quantidade de caminhões que estão chegando são enormes. Mas com certeza a gente vai ter um grande ganho com essa passagem livre agora”, afirma o secretário.

Histórico
Em março, o problema foi na margem esquerda do porto. Caminhões que seguiam para descarregar nos terminais que ficam em Guarujá travaram a Rodovia Cônego Domênico Rangoni. Em abril, o embarque de grãos, principalmente soja, mudou de lado. Os caminhões passaram a vir em maior número para a margem direita, do lado de Santos. Nesse momento, foi a vez da Via Anchieta travar por conta do acesso ao porto. Para tentar pelo menos diminuir o problema, a Codesp, que administra o cais santista, prometeu divulgar as novas medidas ainda esta semana. (G1)

Leave a Reply

Compartilhe

Twitter Facebook Favorites