Família consegue contato com atleta de Guarujá após explosões.
Depois de horas de angústia, Rogério Junqueira, filho de um dos maratonistas brasileiros que participavam da Maratona de Boston, nos Estados Unidos, onde duas fortes explosões na chegada deixaram três e pelo menos 138 feridos, conseguiu ouvir a voz do pai, Roberto Junqueira.
Um dos cerca de 130 brasileiros inscritos na prova, Junqueira, que tem 67 anos, será aguardado com ansiedade pelo filho no próximo domingo, quando chega ao Guarujá, onde mora a família.
”Falei com ele agora à noite. Houve um desencontro e por isso não estávamos conseguindo entrar em contato”, explica o filho.
Um dos cerca de 130 brasileiros inscritos na prova, Junqueira, que tem 67 anos, será aguardado com ansiedade pelo filho no próximo domingo, quando chega ao Guarujá, onde mora a família.
”Falei com ele agora à noite. Houve um desencontro e por isso não estávamos conseguindo entrar em contato”, explica o filho.
O maratonista de Guarujá, que estava em Boston pela primeira vez, não chegou a completar a prova. Segundo o filho, ele foi desviado no km 40, sem saber ao certo o que tinha acontecido. “A organização da prova decidiu deslocar os participantes assim que ocorreram as explosões. Depois disso, ele teve que retornar a pé até um ônibus onde estavam guardados todos os seus pertences”.
Após recolher todos os seus objetos pessoais de dentro do veículo, voltou a pé para a casa onde está hospedado, já que não conseguiu entrar em contato com o proprietário do imóvel “O dono da casa foi procurá-lo de carro e ele estava fazendo o caminho a pé, por isso não estavam se encontrando”.
Rogério demonstra alívio depois de ter falado com o pai. “Não consegui falar muito porque ele estava muito agitado. Graças a Deus não aconteceu nada a ele. Estamos mais tranquilos agora”.
Roberto Junqueira é considerado um exemplo de força de vontade no esporte. Há apenas cinco anos competindo, ele conquistou a vaga na Maratona de Boston, um dos principais eventos desportivos norte-americanos, após chegar em 5º lugar na Ultra Maratona do Rio Grande do Sul, em 2011, em sua categoria (maiores de 65 anos).
Em um currículo de dar inveja a qualquer garoto, ele acumula conquistas importantes, como o 1º lugar na Maratona de Punta Del Leste, Uruguai, em 2011; o 5º lugar na Maratona de São Paulo, em 2012; e o 20º lugar alcançado no ranking brasileiro de maratonistas também no ano passado.
Após recolher todos os seus objetos pessoais de dentro do veículo, voltou a pé para a casa onde está hospedado, já que não conseguiu entrar em contato com o proprietário do imóvel “O dono da casa foi procurá-lo de carro e ele estava fazendo o caminho a pé, por isso não estavam se encontrando”.
Rogério demonstra alívio depois de ter falado com o pai. “Não consegui falar muito porque ele estava muito agitado. Graças a Deus não aconteceu nada a ele. Estamos mais tranquilos agora”.
Roberto Junqueira é considerado um exemplo de força de vontade no esporte. Há apenas cinco anos competindo, ele conquistou a vaga na Maratona de Boston, um dos principais eventos desportivos norte-americanos, após chegar em 5º lugar na Ultra Maratona do Rio Grande do Sul, em 2011, em sua categoria (maiores de 65 anos).
Em um currículo de dar inveja a qualquer garoto, ele acumula conquistas importantes, como o 1º lugar na Maratona de Punta Del Leste, Uruguai, em 2011; o 5º lugar na Maratona de São Paulo, em 2012; e o 20º lugar alcançado no ranking brasileiro de maratonistas também no ano passado.
Sentimento foi de pânico
As explosões assustaram quem estava assistindo a corrida, nas laterais da avenida. Entre eles estava o estudante de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Júlio Américo Batatinha, que está em Boston para um intercâmbio na Universidade de Harvard.
Ele conta que assistia à chegada dos corredores quando as duas explosões ocorreram, bem próximo dele. “Quando teve a primeira explosão eu fiquei meio estático e o meu primeiro impulso foi correr, mas o pessoal começou a gritar para não correr. Só que aí teve a segunda explosão. Eu pulei a grade que separava a torcida da rua e saí correndo”.
Júlio, que é de São Paulo, não se machucou, mas diz que o sentimento geral foi de pânico, porque não se sabia exatamente o que tinha ocorrido. Ele conta que não viu muitos feridos, e que a área das explosões rapidamente foi interditada.
“Quando tudo acabou, a orientação geral era para todos irem pra casa e não sair. O que me impressionou é que o metrô perto de casa, normalmente cheio, passava com uma, duas pessoas”.
Caso
Duas fortes explosões deixaram dois mortos e pelo menos 138 feridos (17 em estado grave) na chegada da Maratona de Boston, nos Estados Unidos, na tarde desta segunda-feira. De acordo com informações da rede de TV americana CNN, uma criança de 8 anos é uma das duas pessoas mortas.
O incidente ocorreu no momento em que milhares de corredores terminavam a 117ª edição da maratona, considerada a mais antiga do mundo.
A prova deste ano era disputada por pelo menos 27 mil corredores, sendo cerca de n130 brasileiros. Mas, após a explosão, o Itamaraty informou que não há registro de vítimas brasileiras.
Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas "poderosas". O FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos) afirmou que o caso está sendo tratado como um atentado terrorista. Por precaução, a agência de aviação civil dos EUA fechou o espaço aéreo sobre a região de Boston. (Carolina Iglesias/AT)
