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segunda-feira, 4 de março de 2013

Hospital Emílio Ribas estará preparado para epidemia de dengue na Baixada Santista

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A promessa é do secretário de Saúde do Estado, Giovanni Guido Cerri

Caso se confirme uma epidemia de dengue na Baixada Santista este ano, a região poderá contar, para os casos mais graves, com leitos de enfermaria e UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Baixada Santista, em Guarujá. A promessa é do secretário de Saúde do Estado, Giovanni Guido Cerri, e do diretor técnico da unidade de São Paulo, David Uip. Segundo ambos, o serviço deverá ser inaugurado até abril.

A reforma do prédio que abriga o instituto ainda não foi concluída, mas a previsão da empresa responsável pelos trabalhos, conforme Uip, é que isso ocorra até o final de março. “Aí, sim, vamos atender a pleno vapor”, garante o infectologista.

“Por enquanto, estamos oferecendo, entre cadeiras de hidratação e leitos, 30 locais”, explica o diretor técnico. Após a conclusão da reforma, o serviço passará a contar com 56 leitos, incluindo 17 de UTI. “Há uma projeção de dotar o hospital, em um segundo momento, com 150 leitos.”

O número de leitos do instituto, conforme Uip, foi definido com base na demanda verificada em toda a região. “Na área de doenças infecciosas, estamos vendo que existem muitos doentes graves.”

O serviço possui 100 funcionários. Até o momento, foram investidos R$ 8 milhões para a ampliação, adaptação do prédio e compra de equipamentos, e mais R$ 9 milhões para o custeio dos serviços.

“A estrutura está absolutamente adequada para o número de leitos atual”, garante Uip. “Ele tem uma assistência que está muito bem qualificada.”

Desde que foi aberto – sem ser inaugurado –, há cerca de um ano, o instituto atua de forma referendada: todos os pacientes atendidos chegam encaminhados por serviços de saúde da região.



Alerta
Preocupados com a possibilidade de haver uma epidemia de dengue na Baixada, como ocorreu em 2010 – quando foram registrados mais de 29 mil casos da doença, com 81 mortes –, nos próximos dias, deverá ser feita uma reunião com secretários de saúde e representantes da secretaria estadual.

O objetivo é “operacionalizar a prevenção e a redução de danos” a fim de diminuir a mortalidade dos pacientes, segundo Uip. “Como é que se faz isso? Tendo bom diagnóstico na porta de entrada do sistema, que normalmente é o pronto-socorro, e tendo pessoal treinado para tratar os pacientes graves.”

Segundo o infectologista, embora esteja previsto o aumento do número de casos de dengue este ano, ele ainda deverá ser menor do que o de 2010. “A outra percepção que nós temos é que, provavelmente, o número de casos graves também vai ser menor”, afirma.

A possibilidade de a dengue se manifestar de forma grave, de acordo com Uip, aumenta em 10% a cada nova infecção, independentemente do tipo de vírus que causou a doença.

Sorotipo 4
Como o vírus que está circulando este ano na região é novo – sorotipo 4 –, a população não está imune. O alerta é do secretário de Saúde do Estado. “Todas as pessoas que tiveram dengue estão sujeitas a ter esse novo tipo da doença.”

Segundo Cerri, as medidas de prevenção são fundamentais. Mas, mesmo ante a possibilidade de ocorrência de uma epidemia, o Estado ainda não elaborou um plano de ação. “Se essa epidemia se confirmar, aí vamos ter que tomar medidas emergenciais. Temos que observar qual a tendência. E ver que medidas vamos ter que tomar junto com os municípios para dar o atendimento adequado à população. (AT)

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