Grupos hoteleiros não investem em Guarujá pela falta de infraestrutura na cidade.
Os executivos do Sofitel Guarujá Jequitimar, empreendimento do empresário Silvio Santos, guardam na manga um aporte para a expansão do hotel. Sem revelar valores, João Carlos Pollak, gerente geral do resort, explica que o investimento será feito a partir do desenvolvimento da cidade, que tem entre seus projetos a implantação de um aeroporto local, além de um centro de convenções.
De acordo com o executivo, nos planos futuros do hotel está a ampliação dos atuais 301 quartos para 351, a partir das mudanças na infraestrutura da cidade. “A ampliação seria feita a partir de novos andares. Já estamos preparados para subir os apartamentos quando enxergamos uma oportunidade”, explica.
Grupos hoteleiros como Hilton e Club Med já chegaram a mostrar interesse pelo Guarujá, mas colocaram seus projetos na geladeira porque, segundo fontes, a cidade não se mostrou atrativa justamente pela falta de infraestrutura, além de problemas para a liberação ambiental dos terrenos.
Segundo Pollak, os investimentos no Guarujá podem ajudar a trazer novamente o interesse de investidores para a região. Para o executivo a concorrência não seria um problema: “Vai ajudar na divulgação do destino, o que será positivo para todos.”
Para esse ano, o gerente do Sofitel Guarujá prevê um cenário desafiador. “A maioria dos feriados cai nos finais de semana, o que afeta o número de hospedagem”, explica Pollak, que revela ter faturado no ano passado cerca de R$ 65 milhões, sendo que 60% foi responsável por turistas a lazer, enquanto 40% foi responsável pelos 240 eventos realizados no local.
Mas, de acordo com o gerente, neste ano deve ocorrer uma inversão da receita, com os eventos sendo responsáveis pela maior parte do bolo . “Estamos cautelosos, já que as empresas passam por um momento difícil em que investem pouco em eventos”, pondera.
No Brasil, a marca Sofitel opera a partir de quatro empreendimentos, em que um está localizado em Florianópolis, dois no Rio de Janeiro, além do empreendimento no Guarujá. (IG Economia)