Goleiro nas conquistas do bicampeonato mundial da
Seleção (1958 e 1962) e do Santos (62/63) faleceu aos 83 de idade, dias após
sofrer infarto
Debaixo
de uma sonora e emocionante salva de palmas, e com a presença de campeões
mundiais pela Seleção Brasileira e pelo Santos, o ex-goleiro Gylmar dos Santos
Neves foi enterrado, às 15h, desta segunda-feira, no Cemitério do Morumbi, na
Zona Sul de São Paulo. Bicampeão do mundo nas Copas de 1958, na Suécia, e 1962,
no Chile, Gylmar, que faleceu no último domingo seis dias depois de sofrer um
infarto, entrou para a história como um dos melhores arqueiros de todos os
tempos.
Companheiros
de glórias tanto na Seleção como no Peixe, o ex-volante Zito e o ex-atacante
Pepe foram dos mais emocionados no enterro do amigo.
– O
Santos atacava muito e ficava muito exposto, assim o Gylmar pôde aparecer e
mostrar a sua enorme qualidade. Ele era um goleiro fantástico, quase infalível
e um ótimo amigo. É uma grande perda para o futebol brasileiro e mundial. Vai
deixar saudades. Foi uma honra ter jogado com ele – afirmou Pepe.
Presidente
da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, também foi ao
cemitério prestar as suas homenagens em nome da entidade. Outros que estiveram
no local foram ex-jogadores como Jair da Costa (campeão com o Brasil, em 62) e
Dorval (bicampeão do mundo com o Santos, em 62 e 63), além de atletas que não
atuaram com Gylmar, mas usufruíram de seu legado com a camisa canarinho, como
Zé Maria, lateral-direito reserva na conquista do tri, em 1970, Cafu,
ex-lateral e capitão brasileiro na conquista do penta, em 2002, além de Zetti,
arqueiro reserva no tetra em 1994.