Por Roberto Sassi e Colaboradores
Empresário e
secretário José Carlos Rodriguez fala da viagem a Portugal
Os políticos
e os empresários não pensam como gente aparentemente normal. Ainda bem! Têm um
QI - nada do ‘quem indica’, acima dos terrestres.
Enxergam, em
um Portugal no abismo da crise, maravilhas que aqui - em Guarujá - Brasil - São
Paulo nem se imaginam.
Pois bem!
Cascais, que domina o Estoril é, mesmo, a terra prometida, apesar da crise que
assola o mundo europeu.
Mesmo assim,
a vida lá é melhor do que se sonha.
Leia as
constatações: três secretários da prefeitura de Guarujá foram a Portugal em
missão oficial, para firmar convênio de ‘geminação’ entre municípios de países
distantes.
Foram
recebidos com a toda pompa, mas, acima de tudo mostraram, aos três brasileiros
incrédulos - e muito viajados por conta de suas atividades empresariais, que o
mundo não se resume aos buracos nas ruas, à violência também em qualquer rua,
muito menos a um porto que entope a circulação dos que aqui residem e
trabalham.
Será que
Cascais - Portugal é melhor do que Guarujá? É!
Certo que é
mais antiga e formada por gente que viu e vê na cidade em que mora aquele
sentimento de amor à terra. Não que aqui - em Guarujá - isto não exista. Mas
que é diferente, é!
Os três
secretários do município de Guarujá - como falei acima, foram a Portugal. O de
Turismo, José Carlos Rodriguez; o de Desenvolvimento Portuário e Econômico,
Adilson de Jesus e o de Ação Governamental e vice-prefeito Duino Verri
Fernandes.
Nada de
festa, nada de mordomia, Até pagaram, do próprio bolso, alguns almoços.
Trouxeram -
na bagagem, mais do que ‘souvenires’ para seus familiares. Trouxeram a
constatação de que Portugal, Cascais mais especialmente levam a sério o
convênio de geminação entre cidades do mundo afora. Eles - de lá, têm firmado
este tipo de convênio com o mundo todo (África, Europa, Ásia e ainda mais...
América Latina).
“ELES PENSAM
GRANDE: NEGÓCIOS”
O secretário
de Turismo de Guarujá, José Carlos Rodriguez resume, na entrevista ao blog
Cidade de Guarujá Online: “Lá nada é tratado como viagem de passeio de
estrangeiros que ocupam cargos públicos. É só trabalho o tempo todo. Ainda bem
que não há buracos nas ruas. Visitamos, por exemplo, uma usina de reciclagem de
lixo de uma cidade que com 40 mil habitantes em consórcio atende ao equivalente
a população de nossa Guarujá. Lá, isto é normal. Aqui, parece impossível.
Poucos dias antes de nossa visita à região, comitivas de Santos e Cubatão
também estiveram em Portugal”.
Pergunta o
secretário José Carlos Rodriguez: “Por que não é possível fazer igual?”
FALTA O QUÊ?
Vontade
política? Vergonha na cara? Olhar o Guarujá - com praias e outras belezas
naturais mais deslumbrantes do que em Cascais? E não há de se dizer que o porto
atraca navios no meio das avenidas atrapalhando o tráfego.
Tudo aqui
parece muito difícil. Os buracos nas ruas desafiam os milhões em verbas a eles
destinados. A violência grassa e desafia as autoridades. O desemprego é
flagrante e a orla das praias continua a ser um lixo - sem culpa dos quiosqueiros
que apenas se acomodaram à inércia das autoridades.
‘FALTA UM
CHOQUE DE AÇÃO’
Na visão do
secretário de Turismo de Guarujá falta um ‘choque de ação’ envolvendo, além dos
que comandam o município, a participação da comunidade cobrando melhorias
pontuais.
Exemplos não
faltam. A revitalização das praças, da orla das praias criando ambiente
favorável à recepção dos turistas e veranistas.
“E não
venham me dizer que o porto sustenta a Cidade. O turismo sustenta a cidade,
oferta milhares de empregos, fortalece o comércio e as atividades de serviços.
O porto pode ser uma projeção para um futuro próximo, mas ainda não representa o
que se imagina, ou que alguns querem”,finaliza o empresário e secretário de
Turismo José Carlos Rodriguez.