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domingo, 14 de abril de 2013

Guarujá confirma primeiro caso de morte por dengue

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Família da vítima acusa médico do PAM Rodoviária de negligência.

Em meio a uma epidemia de dengue, Guarujá confirmou o primeiro caso de morte pela doença na Cidade. A vítima é Luzinete Bavaro, de 44 anos, que faleceu por volta das 21 horas de sexta-feira, no Hospital Santo Amaro.

Esta é a terceira morte relacionada à doença na Baixada Santista que, segundo levantamento das prefeituras, está próxima de 10 mil casos confirmados.

Segundo o diretor de Vigilância em Saúde de Guarujá, Marco Antônio Chagas, no atestado de óbito de Luzinete consta a causa da morte como ‘dengue hemorrágica’. “O médico legista informou que foram encontradas evidências de hemorragia interna”, explicou.

Apesar da confirmação pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), os prontuários de atendimento das unidades por onde Luzinete passou devem ser enviados para o Instituto Adolfo Lutz, que fará a investigação do procedimento de assistência à paciente.

Isso porque a família aponta falhas no atendimento à mulher, que teria sido diagnosticada com um quadro de infecção urinária.

“Os prontuários do Pronto Atendimento Médico (PAM-Rodoviária), unidade em que ela foi atendida no primeiro momento, e do Hospital Santo Amaro, já foram solicitados para envio ao Instituto, que vai avaliar, inclusive, se realmente houve essa infecção”, explica o representante da Vigilância.
Negligência
Para o filho de Luzinete, Felipe Bavaro Padilha, de 20 anos, o diagnóstico tardio foi um dos fatores que contribuíram para o avanço da doença.

“No domingo passado, ela foi ao PAM-Rodoviária com dores no corpo e febre, além de hemorragia vaginal. O médico afirmou que era infecção urinária e nem chegou a fazer exames para ver se era dengue”.

Felipe destaca que, somente no momento em que foi avisado sobre a morte da mãe é que o médico afirmou se tratar de um caso de dengue. O chefe da Vigilância, Marco Chagas, rebate a informação. “Na situação de epidemia, temos a orientação de que o paciente apresentando três sintomas referentes à dengue já é tratado como caso confirmado. Acho estranha a alegação da família”, diz. “De qualquer forma, a questão de erro de conduta médica será investigada”.
Medicação
De acordo com Padilha, Luzinete foi medicada com antibióticos e anti-inflamatórios e liberada. “Mas ela voltou à unidade todos os dias da semana, menos na quarta-feira, porque ainda se sentia mal”, destaca.

Na última sexta-feira, então, o quadro clínico da vítima piorou e ela foi encaminhada para a UTI do Santo Amaro, depois de aguardar vaga de internação por cerca de seis horas.

“Ela acordou com dores e chamamos a ambulância, que a levou para o PAM novamente. Mas minha mãe só conseguiu vaga na internação do hospital por volta das 14 horas”, desabafa. “A gente acreditou no médico quando disse que era infecção. Depois, apareceram manchas na pele dela e, por fim, o laudo sai como dengue hemorrágica”.  (AT)

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