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domingo, 24 de março de 2013

Operação Segregação

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Domênico Rangoni opera com faixas exclusivas para caminhões

Está em vigor a segregação de caminhões na Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248), principal via de acesso à Margem Esquerda do Porto de Santos, em Guarujá. A via, desde as 8 horas deste domingo, tem duas faixas exclusivas para os caminhoneiros – a da direita e o acostamento. Apenas uma será deixada para o tráfego de veículos de passeio.

A decisão foi apresentada pela Prefeitura de Guarujá na primeira reunião de gerenciamento de crise do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, ocorrida na manhã da última quinta-feira. “Hoje, o maior problema que enfrentamos é na Margem Esquerda (Guarujá). Estamos identificando os terminais que vem realizando o agendamento para identificar o problema”, disse, na ocasião, o presidente do CAP, Bechara Abdalla Pestana Neves.

Segregação
Estatísticas apuradas pela diretora de trânsito de Guarujá, Quétlin Scalioni, indicam que, por hora, 170 caminhões de contêineres são recebidos pelos terminais localizados em Vicente de Carvalho, o distrito da cidade onde está a zona portuária. Os graneleiros, porém, são descarregados em blocos de 25 veículos por hora.

Com as novas regras, o primeiro deverá aguardar a liberação de vaga na pista da direita da Domênico Rangoni, enquanto o segundo ficará no acostamento. “Optamos por essa diferenciação devido à velocidade na operação de carga e descarga de cada um”, explicou Quétlin, garantindo que os motoristas serão informados sobre a mudança a partir da distribuição de informativos.

Obrigatoriamente, todos os graneleiros deverão ter uma placa com o terminal de destino afixado no pára-brisa dianteiro. Isso determinará quais veículos passaram pelos pátios reguladores (Ecopátio e Rodopark) e realizaram o agendamento prévio. Aqueles que estiverem sem identificação deverão sair da fila e se adequar às novas regras.

Ministério Público
Na sexta-feira, uma liminar do Ministério Público Estadual proibiu que caminhões de contêineres com destino a Santos Brasil permaneçam na fila. A autora da ação, a promotora de justiça Nelisa Olivetti de França Neri de Almeira, afirmou que “o problema não está com os (caminhões) graneleiros. Investigamos a situação desde o início e constatamos que a Santos Brasil é a principal causadora do congestionamento”.

A promotora explicou ainda que o inquérito foi aberto no início do mês, após uma reunião que culminou no fim do protesto de caminhoneiros na entrada do Tecon. “O maior fluxo de veículos (na rodovia), cerca de 60% do total, tem como destino final a Santos Brasil”, completou. Segundo ela, a decisão, acatada pelo juiz Ricardo Fernandes Pimenta Justo, da 1ª Vara Cível de Guarujá, oferece 48 horas para a empresa se adequar.

Conforme nota divulgada pelo MP, “não há comprovação de que a empresa opere 150 caminhões/hora e também não há fiscalização se o agendamento está sendo devidamente cumprido”. Em sua decisão, o juiz Ricardo Justo destacou que a Santos Brasil “prefere, assim, utilizar a estrada como área de estacionamento, em prejuízo de todos os demais usuários”.

O diretor de Operações da Santos Brasil, Caio Morel Correa, considerou “completamente equivocada” a ação movida pelo Ministério Público e informou que a empresa irá recorrer da decisão judicial. “O problema das filas não tem relação com o movimento de caminhões de contêineres. Ele é causado pela (chegada da) safra de granéis. São os granéis que têm um fluxo lento”, afirmou o executivo.

Desde sábado, a Polícia Rodoviária já realiza operações para identificar os caminhões com destino à empresa. Se a determinação da liminar for desrespeitada, haverá multa de R$ 50 mil por caminhão parado. A empresa vai recorrer da decisão. (TV Tribuna)

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