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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Artigo

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O futuro e a perfeição
Valdir Dias

 Se a vida permitisse copiar a ficção, talvez o cenário ideal fosse oferecer a todas as pessoas a chance de viver a história criada pelo diretor Cláudio Torres, que responde por “O homem do futuro”, filme protagonizado pelo eterno Capitão Nascimento, o ator Wagner Moura, juntamente com a campeã de qualquer bilheteria, a atriz Alinne Moraes. O filme é de 2011 e está sendo exibido nestes dias, nas emissoras de TV a cabo.
No filme, Torres cria um ambiente dramático e imaginário, ao mesmo tempo em que é engraçado e factível. A exceção fica por conta da pouco provável criação da máquina do tempo, que permite ao personagem de Moura viajar do futuro ao passado e vice-versa, corrigindo erros e antevendo o que pode dar certo ou errado em sua própria vida.
Que atire a primeira pedra quem nunca pensou em mudar a rota da história e refazer caminhos supostamente equivocados. Fosse assim, poderíamos acertar todos os passos e consertar o mundo, nosso país ou até mesmo nossa cidade, onde geralmente impera a vaidade, o provincianismo, hipocrisias e pensamentos suburbanos. A parte mais sensacional do filme é o período e as nuances entre o passado e o futuro. É fácil concluir que tudo pode acontecer em vinte anos, inclusive nada.
Ao marcar um encontro para depois de duas décadas, o personagem descobre que tentar manipular os caminhos do tempo é mais difícil e confuso do que possa parecer. Bem melhor, descobre depois, é viver os anos, um por um, agindo todos os dias para que a história seja escrita corretamente. E, como um poema, ouvir a personagem de Alinne Moraes dizer que você é digno de uma espera de vinte anos, numa frase que vale por todos os diálogos do filme.

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